Grupos de crime organizado estão recrutando hackers para ajudar a roubar caminhões e cargas, utilizando recursos cibernéticos. A consultoria Proofpoint parcerias esta cooperativa entre redes de crime e indivíduos com conhecimento digital, conforme estudo divulgado em novembro de 2025. O objetivo da ação é o roubo de produtos com valor financeiro significativo, como alimentos e bebidas, para venda em plataformas digitais ou envio para o exterior. UM Ponto de prova destacou o uso de estratégia de engenharia social para obter o controle da logística de remessas.
Mecanismo de Ataque e Vulnerabilidade do Setor
O ataque é iniciado com a manipulação de dados de logística. Hackers enviam e-mails de phishing para transportadoras e corretoras. As mensagens contêm programas para roubo de credenciais ou software de acesso remoto, permitindo a invasão da rede da empresa. O hacker altera detalhes da remessa, como peso da carga e local de coleta, e redireciona o transporte. A urgência do setor de transporte faz com que os operadores cliquem em links sem hesitação. O setor de logística tem maturidade baixa em segurança digital, conforme relatório do Boston Consulting Group (BCG), facilitando essas invasões. O foco geográfico do relatório da Ponto de prova inclui a América do Norte, mas o problema é global. Países como Brasil, México, Índia, Estados Unidos, Alemanha, Chile e África do Sul são áreas de ocorrência, segundo a resseguradora Munich Re.
Ameaça à Telemática e Expansão da Superfície de Risco
O alvo dos grupos inclui sistemas de telemática e sistemas de despacho de cargas. A telemática permite o rastreamento do veículo e da carga. O comprometimento destes sistemas remove a capacidade de localização do ativo. A superfície de ataque do setor de logística é ampliada devido à digitalização e automação. Este processo envolve o uso de tecnologia operacional (OT) e canais sem fio, criando novos alvos para o hacker. O ataque cibernético torna-se, assim, um método de apoio ao roubo físico.
