Com a aproximação da Black Friday e da Cyber Monday, varejistas financeiros e digitais correm para ampliar a infraestrutura, subir novos servidores, ajustar integrações e atualizar sistemas para suportar picos de acesso. Nesse cenário, o foco quase exclusivo em disponibilidade e desempenho pode esconder um problema crescente: a expansão silenciosa de pontos cegos de segurança em ativos de TI, OT, nuvem e aplicações web, que podem ser explorados por grupos maliciosos no momento mais crítico do ano para o comércio.
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Perícia de um ataque ao varejo
Segundo Scott Caveza, engenheiro de pesquisa sênior da Tenable, os crimes não entram em recesso. Diferentemente dos consumidores que planejam folgas e viagens, os investidores monitoram o aumento do volume de transações e buscam os pontos fracos na postura de segurança das organizações. Com mais de 300 mil vulnerabilidades e exposições comuns (CVEs) registradas em CVE.org, as equipes de segurança enfrentam o desafio diário de priorização o que realmente importa e decisões equivocadas nessa triagem bloqueia sistemas, informações de consumidores e outros dados em risco.
É nesse contexto que as plataformas de gerenciamento de exposição ganham relevância com a oferta de uma visão abrangente dos ativos, ou seja, todos os pontos de contato com a internet que as empresas possuem. A tecnologia ajuda a identificar quais sistemas sustentam as operações de negócio e mostra como vulnerabilidades específicas podem afetá-los. Ao invés de tratar todas as falhas como iguais, o objetivo é entender quais identidades possíveis, combinadas a falhas frágeis e configurações incorretas, ampliam o risco real de ataque.
A pressa em lançar promoções, personalizar sites e integrar novos meios de pagamento também aumenta a superfície de ataque. Aplicações web sob medida e CMS (sistemas de gerenciamento de conteúdo) bloqueiam varreduras e auditorias contínuas para detectar configurações erradas, vulnerabilidades e fraquezas que podem comprometer transações financeiras e dados sensíveis. Identidades inseguras ou privilégios excepcionais permitem que um ataque bem ocorrido ocorra em poucas etapas, justamente quando a operação não pode parar.
“Enquanto muitos aguardam o descanso das festas, os invasores fazem exatamente o oposto: intensificam suas atividades em busca de qualquer falha que possa ser explorada”, afirma Caveza. “Para reduzir o risco, as organizações precisam de visibilidade e insights acionáveis sobre as exposições que realmente colocam seus ativos em perigo.”
Na temporada de festas, o volume de implementações, atualizações e integrações cresce de forma exponencial, aumentando a probabilidade de falhas que comprometem a segurança. Ambientes que envolvem ativos de TI, OT, nuvem, identidade e aplicações web bloqueiam atenção redobrada. Não basta identificar vulnerabilidades isoladas: é necessário compreender o contexto das exposições em toda a infraestrutura.
As recomendações da Tenable passam por uma abordagem proativa para identificar questões relevantes, analisar continuamente os ativos críticos e mitigar riscos antes que sejam explorados. Só assim que as empresas conseguem sair da postura reativa, mantenham invasores afastados e operações seguras durante o período de maior atividade do ano para o varejo.
