O Instituto Eldorado, sediado em Campinas, uma das principais organizações de pesquisa e desenvolvimento do país, anunciou no dia 4 o lançamento do primeiro Centro de Competência da Associação Internacional de Espaços de Dados (IDSA) no Brasil, posicionando o País no mapa global do desenvolvimento de espaços de dados. A IDSA cria padrões para o compartilhamento de dados em espaços de dados que permitem aos participantes o controle total sobre eles. A apresentação foi feita durante o evento na sede, e representa um passo decisivo para a economia de dados e fomentar a adoção do conceito no País.
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Ainda incipientes no Brasil, espaços de dados do sistema operacional já se consolida como uma das principais frentes de inovação digital na Europa. Estruturados como ambientes seguros para a troca de dados entre organizações, eles permitem o compartilhamento eficiente de informações sensíveis, com governança total sobre o acesso aos dados. Ao contrário das arquiteturas tradicionais de nuvem, os espaços de dados garantir que o dado permaneça na origem, preservando a soberania e o controle, mesmo quando acessado por terceiros credenciados.
A IDSA, responsável por normatizar e divulgar o modelo globalmente, já contabiliza mais de 150 espaços de dados em operação ou implementação em países europeus, abrangendo setores como mobilidade, energia, produção e cidades inteligentes. Com a criação do Centro de Competência no Brasil, o Instituto ELDORADO abre caminho para que a América Latina dê início a essa transformação.
“O Centro de Competência IDSA do Instituto ELDORADO nasce com a missão de fortalecer a economia de dados no Brasil e ampliar o entendimento sobre um modelo que redefine como as organizações podem cooperar de forma segura e soberana” afirma Mateus Pierre, Diretor de Pesquisa e Inovação no Instituto ELDORADO.
“Nosso objetivo é aproximar o país das iniciativas já em curso na Europa e preparar organizações brasileiras para construir espaços de dados capazes de gerar inovação, competitividade e eficiência”, complementa.
A iniciativa dialoga diretamente com as diretrizes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que tem ações priorizadas para estimular a criação de espaços de dados nacionais e fortalecer a economia baseada em dados.
O movimento ocorre em um momento estratégico, em que o Brasil discute benefícios tributários para empresas interessadas em instalar centros de dados no País — tema que reforça a importância de infraestrutura robusta para suportar modelos avançados de governança de dados.
Atualmente, existem cerca de 12 mil centros de dados no mundo, sendo metade deles nos Estados Unidos. O Brasil, com cerca de 200 centros de dadosé o país com maior potencial na América Latina.
“Estamos na vanguarda de um ecossistema que ainda está se formando no Brasil. O Centro vai apoiar empresas, governos e instituições no entendimento técnico e na implementação de espaços de dados que irão promover a transformação de dados em valor real, sem prescindir da privacidade e segurança da segurança” complementa Mateus Pierre.
